You gotta love her

22:22

Ouvi o "Frank" já perto da altura de ser lançado o "Back to Black" e foi love at the first listening. Primeiro foi amor com a Stronger Than Me, depois com a Fuck me Pumps, depois com a In my bed. Passei ao "Back to Black" e começou pela You know I'm no Good, alastrou-se para a Love is a Loosing Game, e prolongou-se pela Back to Black e pela Valerie. Foi ouvir tudo de rajada e apaixonar-me pela personagem, por uma carrada de músicas assim de uma vez, pela história de vida dela. Foi tudo.

Certo é que a rapariga não soube cuidar dela e que eu fiquei arrasado quando ela morreu. De certeza que não fui o único a ficar pouco surpreendido com o desfecho desta história, mas foi inevitável lamentar durante dias a fio que ela pouco tenha feito para prolongar um bocado mais os seus anos de vida.

Com o documentário "Amy", o seu lado íntimo é explorado de uma forma bonita. Moderada. Real. As fotografias, os vídeos caseiros, dos bastidores, da Amy fora da spotlight, os depoimentos de amigos e familiares próximos, fazem com que seja fácil entender quem era ela fora das luzes da ribalta. E é curioso perceber, sobretudo, a forma como ela lidava com a pressão dos media, dos fãs e da própria indústria.

É como diz o Tony Bennett, talvez não seja mesmo nada injusto compara-la a Billie Holiday e a Ella Fiztgerald. Pelo menos até à fase em que começou a deixar os maus vícios tomarem conta do seu talento, ao ponto de permitir que se sentisse confortável até ao ser vaiada por uma multidão de fãs, desapontados por a terem ali à frente deles, em pleno palco, a recusar-se a cantar e a não fazer mais do que passear alcoolizada pelo palco.

Amy, Amy, Amy...











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